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05 de jun. de 2025 às 00:00  •  3 min de leitura
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BRASIL BATE RECORDE DE TRANSPLANTES, MAS A FILA DA VIDA CONTINUA GIGANTE: SUA FAMÍLIA PODE MUDAR ESSE CENÁRIO?
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BRASIL BATE RECORDE DE TRANSPLANTES, MAS A FILA DA VIDA CONTINUA GIGANTE: SUA FAMÍLIA PODE MUDAR ESSE CENÁRIO?


Milhares de Vidas à Espera: Por Que Batemos Recordes e Ainda Faltam Doadores no Maior Sistema Público de Transplantes do Mundo?


Em um marco histórico para a Saúde brasileira, o país superou a marca de 30 mil transplantes de órgãos e tecidos realizados em um único ano. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, foram impressionantes 30.300 procedimentos em 2024. Este feito é ainda mais notável considerando que o Brasil opera o maior sistema público de transplantes do mundo, com aproximadamente 85% das cirurgias sendo realizadas por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), que destinou R$ 1,47 bilhão à Área – um investimento 28% superior ao de 2022 (Ministério da Saúde).


Apesar do avanço significativo no número de transplantes, o cenário da doação de órgãos apresenta um desafio preocupante: uma leve redução no número de doadores em 2024. Foram 4.086 doadores no ano passado, em comparação com 4.129 em 2023 (Ministério da Saúde). Este declínio impacta diretamente a vida de cerca de 78 mil pessoas que atualmente aguardam na fila por um Transplante. O órgão com maior demanda é o Rim, com 42.838 pessoas na espera, seguido pela Córnea (32.349), Fígado (2.387) e Medula Óssea (3.743) (Ministério da Saúde).

"Vimos o aumento dos transplantes, mas a diminuição de doadores. É fundamental falar sobre a importância da doação e de quantas vidas podem ser salvas", afirmou Patrícia Freire, Coordenadora-Geral do Sistema Nacional de Transplantes. A fala da Coordenadora ressalta a urgência de conscientizar a população sobre a relevância de se tornar um doador.



Como Ser um Doador de Órgãos e Mudar uma Vida?


A Lei nº 9.434/1997, que regulamenta o Sistema Nacional de Transplantes (SNT), estabelece que a autorização para a doação deve ser feita pela família do falecido. Cônjuges ou parentes de até segundo grau podem dar o consentimento (Lei nº 9.434/1997). Um único doador tem o poder de salvar até oito vidas. Em 2024, apenas 55% das famílias entrevistadas autorizaram a doação (Ministério da Saúde).

Para quem deseja manifestar o desejo de doar, conversar com os familiares é o passo mais crucial. Além disso, é possível preencher a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO). Este documento digital registra formalmente a vontade de doar órgãos, tecidos e partes do corpo após a morte. Embora a AEDO não substitua a autorização familiar, ela funciona como uma referência importante e um indicativo claro do desejo do indivíduo. Em abril de 2025, mais de 20 mil pessoas já haviam preenchido o formulário (Ministério da Saúde).



Como acessar o serviço de Transplantes de Órgãos pelo SUS:


O Sistema Único de Saúde (SUS) é o principal responsável pela realização de Transplantes de órgãos no Brasil. Para acessar esse serviço, o paciente deve ser encaminhado por um Médico de uma Unidade de Saúde ou Hospital do SUS. Após a avaliação clínica e a constatação da necessidade do Transplante, o paciente é inserido na fila única de Transplantes, gerenciada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT) e coordenada pelas Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) de cada estado. A ordem na fila é definida por critérios técnicos, como gravidade da Doença e compatibilidade, e não por tempo de espera. Todo o processo, desde a avaliação até a cirurgia e o acompanhamento pós-transplante, é coberto pelo SUS.




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