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08 de jun. de 2025 às 00:00  •  4 min de leitura
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O SOFRIMENTO DE ANDRESSA URACH: O GRITO SILENCIOSO DA SAÚDE MENTAL E O PEDIDO DE SOCORRO QUE VOCÊ PRECISA OUVIR
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O SOFRIMENTO DE ANDRESSA URACH: O GRITO SILENCIOSO DA SAÚDE MENTAL E O PEDIDO DE SOCORRO QUE VOCÊ PRECISA OUVIR

Por que a batalha contra o Transtorno de Personalidade Borderline revela uma urgência em toda a sociedade, afetando mais pessoas do que você imagina?


Em meio à agitação da vida pública, Andressa Urach tomou uma decisão drástica: cancelou todos os seus compromissos profissionais para priorizar a Saúde Mental. Num desabafo contundente, ela revelou estar enfrentando crises de Ansiedade e Depressão. Mas, afinal, qual é a verdadeira gravidade por trás desse quadro que acomete milhões de brasileiros?


Para compreender os impactos desse diagnóstico, a psiquiatra Dra. Maria Fernanda Caliani, em entrevista à CARASBRASIL, explicou como o Transtorno de Personalidade Borderline pode potencializar sintomas como os relatados por Andressa Urach.

"O Transtorno de Personalidade Borderline é caracterizado por uma instabilidade emocional intensa, impulsividade, medo de abandono e dificuldade nos relacionamentos interpessoais. Esses sintomas, quando não tratados adequadamente, podem agravar ou até desencadear quadros de Depressão e Ansiedade", analisa a médica.


A psiquiatra alerta que o impacto emocional é muito mais profundo em pacientes com Borderline: "Pessoas com Borderline sentem tudo de forma muito intensa — tanto a dor quanto a frustração — o que aumenta o risco de episódios depressivos profundos, crises de Ansiedade e pensamentos autodestrutivos. No caso de figuras públicas como a Andressa Urach, esse impacto pode ser ainda maior devido à exposição constante e às pressões emocionais que enfrentam."

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Quando Pensamentos de Desistência Devem Soar como um Alarme Urgente?


Andressa Urach também compartilhou pensamentos recorrentes de desistência da vida, o que, segundo a especialista, exige atenção imediata.

"Toda vez que uma pessoa verbaliza pensamentos de desistência da vida, esse é um sinal de alerta que deve ser levado com absoluta seriedade. Muitas vezes, quem está sofrendo não quer necessariamente morrer, mas sim acabar com a dor psíquica que parece insuportável", explica a psiquiatra.

A Dra. Maria Fernanda ressalta que esse tipo de fala é um pedido de socorro: "Esse tipo de fala é um pedido de ajuda e deve ser tratado como uma emergência médica. O ideal é buscar imediatamente apoio de um psiquiatra ou de um serviço especializado, pois a intervenção precoce pode salvar vidas. Nunca se deve minimizar ou ignorar esse tipo de manifestação."



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Por que Tantas Pessoas Evitam a Internação, Mesmo em Situações Graves?



Apesar da gravidade dos sintomas, muitas pessoas resistem à ideia de serem internadas. Isso também foi citado por Urach, que chegou a mencionar estar no limite. Segundo a psiquiatra, essa resistência é comum.

"Existe ainda muito estigma em torno da Saúde Mental, especialmente quando falamos em internação psiquiátrica. Muitas pessoas sentem vergonha, medo de serem julgadas ou acreditam que isso representa uma 'fraqueza'. Além disso, a ideia de perder temporariamente o controle sobre sua rotina pode gerar resistência", diz a psiquiatra.

Mas Maria Fernanda reforça que, em certos casos, a internação é necessária para salvar vidas: "No entanto, em alguns casos, a internação é uma ferramenta essencial para garantir a segurança do paciente, estabilizar o quadro clínico e iniciar um tratamento adequado. Precisamos normalizar o cuidado com a Saúde Mental e reforçar que procurar ajuda — inclusive por meio da internação, quando necessário — é um ato de coragem e de autocuidado."



Atendimento pelo SUS


Para buscar ajuda e tratamento para Transtornos de Personalidade como o Borderline, Depressão ou Ansiedade, a população pode acessar o Sistema Único de Saúde (SUS). O primeiro passo é procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência. Lá, o paciente pode ser acolhido por um médico da família ou enfermeiro que fará a escuta inicial e, se necessário, o encaminhamento para serviços especializados em Saúde Mental, como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Os CAPS oferecem atendimento multiprofissional, incluindo psiquiatras, psicólogos, enfermeiros e assistentes sociais, com tratamentos que podem variar de acompanhamento ambulatorial a internação (em casos específicos e com avaliação criteriosa). Em situações de crise ou emergência, a busca por uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) ou Pronto-Socorro também é indicada para avaliação inicial e estabilização.


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