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11 de jul. de 2025 às 00:00  •  4 min de leitura
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IMPLANTE CONTRACEPTIVO HORMONAL NO SUS: AVANÇO NA SAÚDE PÚBLICA OU NOVO DILEMA PARA O PLANEJAMENTO FAMILIAR?
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O cenário da saúde reprodutiva no Brasil está prestes a vivenciar uma transformação significativa com a incorporação do implante contraceptivo hormonal Implanon ao Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão, anunciada pelo Ministério da Saúde, posiciona o dispositivo como uma opção de longa duração e alta eficácia, com previsão de disponibilidade nas unidades básicas de saúde (UBS) a partir do segundo semestre.


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De acordo com a pasta, a inclusão do Implanon foi oficializada durante reunião da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), e a portaria que a formaliza será publicada nos próximos dias. A partir daí, as áreas técnicas terão um prazo de 180 dias para a efetivação da oferta, o que engloba a atualização de diretrizes clínicas, a aquisição e distribuição do insumo, além da capacitação e habilitação de profissionais da Medicina e Enfermagem.


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O plano do Ministério é ambicioso: distribuir 1,8 milhão de dispositivos, sendo 500 mil ainda este ano, com um investimento total de cerca de R$ 245 milhões. Atualmente, o custo unitário do produto varia entre R$ 2 mil e R$ 4 mil no mercado particular. A medida, segundo o Ministério, não apenas visa prevenir a Gravidez Não Planejada, mas também contribui para a redução da Mortalidade Materna, alinhando-se aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. A meta é reduzir em 25% a Mortalidade Materna geral e em 50% a mortalidade entre mulheres negras até 2027.


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O implante subdérmico Implanon é um método contraceptivo de longa duração, agindo no organismo por até três anos sem a necessidade de intervenções contínuas. Após esse período, o dispositivo deve ser retirado, e um novo implante pode ser inserido. A inserção e a remoção, no entanto, demandam a atuação de Médicos e Enfermeiros qualificados. Por isso, a ampliação da oferta será acompanhada por estratégias de formação teórica e prática desses profissionais. A fertilidade, de acordo com o Ministério da Saúde, é rapidamente retomada após a remoção do implante.


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O Implanon se junta ao DIU de Cobre como um dos poucos métodos contraceptivos classificados como LARC (Contraceptivos Reversíveis de Longa Duração) disponíveis no SUS. A vantagem desses métodos reside na sua alta eficácia, pois não dependem do uso contínuo ou correto por parte da usuária, diferentemente dos anticoncepcionais orais ou injetáveis. "Os LARC são reversíveis e seguros", destacou a pasta.


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Atualmente, o SUS oferece uma variedade de métodos contraceptivos, incluindo preservativos externo e interno, DIU de Cobre, anticoncepcional oral combinado, pílula oral de progestagênio, injetáveis hormonais mensal e trimestral, laqueadura tubária bilateral e vasectomia. É fundamental ressaltar, conforme alertado pelo Ministério da Saúde, que entre todos os contraceptivos disponíveis na rede pública, apenas os preservativos oferecem proteção contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs).


Para acessar o implante contraceptivo hormonal e outros métodos no SUS, é necessário procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência. Lá, você será atendido por um profissional de Medicina ou Enfermagem que avaliará seu perfil e indicará o método contraceptivo mais adequado, conforme as diretrizes do Ministério da Saúde. O processo pode incluir consultas, exames e, se indicado, a inserção do dispositivo.



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