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15 de jul. de 2025 às 00:00  •  3 min de leitura
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SÍNDROME DE ESTOCOLMO: QUANDO A VÍTIMA SE APAIXONA PELO AGRESSOR
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A Síndrome de Estocolmo, um fenômeno psicológico intrigante e muitas vezes incompreendido, continua a desafiar a percepção pública e o estudo científico. Caracterizada por um vínculo emocional ou psicológico desenvolvido por reféns ou vítimas em relação aos seus captores ou agressores, essa síndrome levanta questões profundas sobre a resiliência humana e os mecanismos de enfrentamento em situações extremas.


A origem do termo remonta a um assalto a banco em Estocolmo, na Suécia, em agosto de 1973. Durante seis dias, quatro reféns foram mantidos em um cofre, e, ao serem libertados, surpreenderam a todos ao defender seus captores e até mesmo expressar afeto por eles. Este evento singular, que ganhou notoriedade internacional, impulsionou a comunidade científica, incluindo Psicólogos e Psicanalistas, a investigar as complexas dinâmicas que levam a esse tipo de comportamento.


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A Síndrome de Estocolmo não é oficialmente reconhecida como um diagnóstico clínico no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), mas é amplamente estudada dentro da Psicologia e Psicanálise como um mecanismo de defesa inconsciente. Entender essa complexidade é crucial para diversos Profissionais da Saúde, incluindo Médicos e Enfermeiros, que podem se deparar com situações semelhantes em suas práticas.


O desenvolvimento da Síndrome geralmente envolve alguns elementos-chave: a percepção de uma ameaça à vida por parte da vítima; o gesto de "bondade" do agressor, mesmo que mínimo, que é interpretado como uma salvação; o isolamento da vítima em relação a outras perspectivas; e a incapacidade de escapar. Sob essas condições extremas, a dependência emocional pode surgir como uma forma de coping, onde a vítima tenta antecipar e agradar o agressor para garantir sua própria sobrevivência.


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Embora mais frequentemente associada a sequestros, a Síndrome de Estocolmo pode se manifestar em outros contextos de abuso e cativeiro, como relacionamentos abusivos, tráfico de pessoas e até mesmo em alguns casos de Violência Doméstica. Nesses cenários, a dinâmica de poder desequilibrada e a constante ameaça, aliadas a momentos de aparente afeto ou "cuidado", podem levar a vítima a desenvolver uma lealdade distorcida.


A intervenção e o tratamento para vítimas que desenvolveram essa síndrome são complexos e devem ser conduzidos por Psicólogos ou Psicanalistas especializados. O processo terapêutico visa desconstruir o vínculo traumático e auxiliar a vítima a processar o trauma, reconhecer o abuso e reconstruir sua autonomia e senso de segurança. É um caminho que exige paciência, empatia e uma abordagem multifacetada.


Para acessar serviços relacionados à saúde mental na rede pública, como acompanhamento psicológico ou psiquiátrico, os cidadãos podem procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua residência. Nesses locais, é possível agendar uma consulta com um Médico Clínico Geral, que poderá fazer o encaminhamento para um Psicólogo ou Psiquiatra em Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) ou outras unidades especializadas do Sistema Único de Saúde (SUS). O acesso é gratuito e visa garantir o cuidado integral à saúde mental da população.


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A Síndrome de Estocolmo serve como um lembrete vívido da complexidade da mente humana e da capacidade de adaptação em circunstâncias adversas. A conscientização sobre esse fenômeno é vital para Profissionais de Saúde, Forças de Segurança, e o público em geral, a fim de oferecer o suporte adequado às vítimas e promover uma compreensão mais profunda dos impactos do trauma psicológico.


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